Estréia dia 25/11/2011 nos cinemas.
Jardim das Folhas Sagradas é um
longa de ficção construído a partir de Bonfim, um bancário bem sucedido, negro
e bissexual, casado com uma mulher branca e de crença evangélica. Ele vive na
Salvador contemporânea e recebe a incumbência de montar um terreiro de
candomblé no espaço urbano. Para isto, enfrentará a especulação imobiliária
numa cidade de crescimento vertiginoso, o preconceito racial e a intolerância
religiosa. Este homem, embora questione a tradição da própria religião, tem a
missão de montar um ambiente sagrado e de respeito à natureza, superando as
contradições e conflitos trazidos pela modernidade.
Um filme sobre a espiritualidade,
ecologia e conflitos do cotidiano urbano. Jardim das Folhas Sagradas oferece o
debate sobre bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos, ao
mesmo tempo em que expõe nuances do Candomblé e discute a degradação das áreas
verdes nas cidades vitimadas pela especulação imobiliária.
É o resultado de um amplo projeto
de pesquisa a respeito da religião afro-brasileira. Parte de um conceito
analítico, até crítico sobre o Candomblé, e revela detalhes de uma crença
pouco conhecida além dos círculos da sua existência. É nítida a espiritualidade
dos personagens enquanto vivem dramas cotidianos.
Aborda assuntos expostos desde em O Amuleto de Ogum e
Tenda dos Milagres(ambos de Nelson Pereira dos Santos) ao filme Barravento, de
Glauber Rocha.
Segundo Pola Ribeiro, uma das
metas do filme é trabalhar acerca do mistério que envolve a cidade de Salvador
e o Recôncavo baiano, falar da cultura da sua gente negra que, infelizmente,
sempre foi vista e tratada com superficialidade. “Cada gesto, cada som, cada
traje, comida, conceito e religião. A convivência com um mundo que se protegia
nos seus fundamentos e que era ao mesmo.