A AIDS não tem preconceito. Você também não deve ter.
O Ministério da Saúde apresentará nesta quarta-feira, 1º de
dezembro, a campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids, com o tema “A aids
não tem preconceito. Você também não deve ter”. O lançamento será transmitido
ao vivo, a partir das 11h30 pelo
Site:- www.aids.gov.br/mediacenter
O que é HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana.
Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o
organismo de doenças. As células mais atingidas são oslinfócitos T CD4+. E é
alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se
multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos
soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a
doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho
durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste
e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é
um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus
compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes
do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do
sistema nervoso e supressão do sistema imune.
Sintomas e fases da AIDS
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o
sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de
infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até
o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo
leva de 8 a
12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros
sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por
isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as
células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não
enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus
amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos
anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a
funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez
mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fasesintomática inicial é
caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do
sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de
sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os
sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças
oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do
organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem
chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicadopelos
médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose
e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou
passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!
Quais são os
antirretrovirais
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980,
para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV ,
vírus causador da aids , mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema
imunológico . Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a
qualidade de vida de quem tem aids.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente o coquetel
antiaids para todos que necessitam do tratamento. Segundo dados do Ministério
da Saúde, cerca de 200 mil pessoas recebem regularmente os remédios para tratar
a doença. Atualmente, existem 19 medicamentos divididos em cinco tipos.
Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três
antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que
poderão ser combinados em um só comprimido. O tratamento é complexo, necessita
de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento,
seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as
recomendações médicas, ou seja aderir ao tratamento . Por isso, é fundamental
manter o diálogo com os profissionais de saúde, compreender todo o esquema de
tratamento e nunca ficar com dúvidas.
Alimentação
Uma alimentação saudável aumenta a resistência à aids,
fornecendo energia para as atividades diárias e, também, vitaminas e minerais
que o organismo precisa. Além de tornar a pessoa mais disposta, uma alimentação
equilibrada fortalece o sistema de defesa, ajuda no controle das gorduras e
açúcares do sangue, a absorção intestinal e melhora os resultados do
tratamento.
A alimentação saudável é aquela que tem todos os alimentos
necessários, de forma variada e equilibrada. Para se ter uma alimentação
saudável, o ser humano precisa consumir alimentos de todos os três grupos:
Carboidratos
Fornecem a energia necessária para as atividades do dia a
dia, como andar, falar, respirar etc. Encontrados em: arroz, açúcar, massas,
batata, mandioca, cereais, farinhas e pães.
Proteínas
Todos os tecidos do corpo são formados por elas. São as
principais componentes dos anticorpos e dos músculos. Constroem, “consertam” e
mantêm o corpo, além de aumentarem a resistência do organismo às infecções.
Encontradas em: carnes bovinas, suína, frango, peixes,
miúdos, ovos, leite, iogurtes e queijos (animais) e feijão, soja e derivados,
castanhas, amendoim, amêndoa (vegetais).
Gorduras
Fornecem energia. O organismo precisa delas em pequenas
quantidades. Algumas vitaminas usam-nas para serem transportadas no organismo,
assim como alguns medicamentos antirretrovirais também.
Encontrados em: manteiga, óleos, azeite de oliva, margarina,
gordura animal (presente nas carnes).
Como se alimentar
melhor?
O ideal é fazer três refeições principais por dia, com dois
ou três lanches nos intervalos. A alimentação deve ser balanceada, variada,
dando preferência aos alimentos não industrializados, sempre respeitando as
características e hábitos de cada um. Deve ser priorizado o consumo diário de
frutas, verduras, legumes, alimentos integrais e carnes magras. Frituras,
gorduras e açúcares devem ser diminuídos ou evitados.
Cuidado com os
alimentos
Um grande problema para os soropositivos são as doenças
provocadas por alimentos contaminados, que podem causar vômitos, diarreias ou
mesmo infecção intestinal. Alguns cuidados e dicas com os alimentos:
- Antes de cozinhar, lavar bem as mãos e os utensílios que
forem ser usados.
- Copos ou pratos rachados não devem ser usados, pois os
germes se acumulam nas rachaduras.
- O lixo deve estar bem tampado e longe dos alimentos.
- Manter os alimentos fora do alcance dos insetos, roedores
e outros animais. Cobrir ou guardar em vasilhas bem fechadas.
- Não consumir alimentos com alterações de cor ou cheiro.
- Descongelar as carnes na geladeira e não em temperatura
ambiente. Evitar comer carne crua.
- O leite pasteurizado deve ser mantido na geladeira depois
de aberto e a atenção na validade deve ser constante. Se não for pasteurizado,
recomenda-se ferver antes de beber.
- Evitar comer ovos crus. Cozinhar até ficarem duros (6 a 8 minutos de fervura) ou
fritar até a gema ficar dura.
- Cortar a carne e os vegetais em tábuas de plástico ou
vidro e depois lavar. Evitar a tábua de madeira, pois acumulam muitos germes e
bactérias.