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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pais e alunos contra o fechamento da EMESP Tom Jobim


Forças para protestar contra o encerramento das atividades.

No dia 29 de novembro pais de estudantes da Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) — unidade Brooklin (zona sul da capital) — participaram de uma reunião proposta pelo professor e deputado Carlos Giannazi na ALESP. Preocupados com as informações já consideradas oficiais de que esta unidade da escola de música vai fechar as portas e seus filhos transferidos para a unidade Luz (no centro de São Paulo), alunos, ex-alunos também juntaram forças para protestar contra o encerramento das atividades desta unidade. O mandato já havia denunciado o sucateamento da prestação dos serviços da EMESP há um ano e já encaminhara, então, pedidos de investigação ao Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado sobre medidas temerárias tomadas pela Organização Social Santa Marcelina Cultura, que desde 2008 faz a gestão da escola por meio de um contrato com a Secretaria Estadual da Cultura — de 1989 até esta data a EMESP era a Universidade Livre de Música Tom Jobim (ULM), criada na esfera pública.

Denúncias de esvaziamento do corpo docente, evasão de alunos, fim do coral para a terceira idade, descaracterização do sistema pedagógico (inicialmente de caráter público e de reconhecida excelência dentro e fora do Brasil), professores sem apoio e liberdade de expressão, descompromisso com a grade curricular, falta de diálogo e arbitrariedade da direção da unidade foram expostas durante o encontro.

Giannazi, que por várias vezes tentou marcar uma reunião com a EMESP, acionará o MPE com relação a este iminente fechamento da unidade Brooklin — que também atende a um público que mora muito longe da escola e que, sem ela, não teria condições de se deslocar ao Centro da cidade para continuar seus estudos — e enfatizou que é muito importante que o movimento continue e amplie a sua organização para que a pressão dos pais e alunos cumpra o papel de alerta sobre o desmonte da unidade. “Também já acionamos a Comissão de Educação e Cultura da ALESP pedindo a convocação do secretário de Cultura, de um representante da OS e do diretor pedagógico Paulo Zuben para explicarem à comissão a precarização dos serviços prestados pela EMESP sob a gestão da Santa Marcelina”, enfatizou.