PÁGINAS

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carnaval 2012 – Rio de Janeiro - Unidos da Tijuca


Desfile Grupo Especial na Marquês de Sapucai

Horário:- 01h20 – 02h30
Dia 20/02/2012
Sambódromo Marquês de Sapucai

"O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o rei Luiz do sertão"
Sinopse

"Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão,
que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes,
os valentes, os covardes, o amor."
Luiz Gonzaga
Toca a sanfona porque a festa vai começar!
Abre e fecha esse fole que a comitiva vai chegar
A Avenida é a estrada que leva sertão adentro
E ninguém que aqui está esquecerá esse momento

De lembrar que, em noite de estrela, nasceu um rei no sertão
Que virou majestade de tanto ensinar o baião
Andando e cantando a história de seu povo
Cem anos depois, ele vai ser coroado de novo

Convidamos reis e rainhas pra mostrar que desde menino
Luiz Gonzaga, o Lua, já tinha de astro o destino
Mostrava o sorriso e a alegria, cantava e dava lição
Mas lá no fundo guardava saudade no coração

Senhoras e senhores, o roteiro dessa viagem
Leva a terras distantes, onde um povo de coragem
Desafia a seca e a poeira, do barro ganha a vida
Esculpe a terra, tece a renda, de sol a sol nessa lida

No mercado, montam a banca e é bonito de se ver
E de tudo que há no mundo, nele tem para vender
Cores, cheiros, sabores da cultura nordestina
Lá se compra toda a sorte dessa vida Severina

Segue o comboio real, vai cruzando o caminho
No lombo do burro, chega às terras de Vitalino
O mestre da escultura, que todo mundo copia
Bonecos que contam a vida, as coisas do dia a dia
Mas pra conhecer o sertão, é preciso ter coragem
Atravessar a caatinga, seguir em frente a viagem
Pedir benção, rezar com fé, ser beato, ser romeiro
E reunir com toda a tropa, lá na Missa do Vaqueiro

Senhores, rainhas e reis, o Rei do Baião anuncia
Que, depois de tanta reza, vai crescer a valentia
É pegar a beira do rio, é ser Lampião e Corisco
Pra conhecer a beleza do Vale do São Francisco

Andar pela margem pra ver a vida que brota dos rios
O Velho Chico crescendo, com água que vem dos baixios
A cana, os frutos, o gado, o canto do passarinho
Cantar a saudade do rei, desse tempo de menino

Toca a boiada, vaqueiro! Segue em guarda o cangaço
Que cada afluente que corre do Velho Chico é um braço
Desce pro sul até ver carrancas que trazem a sorte
A cara feia que espanta não deixa ter medo da morte

"Simbora" que vem a noite, é hora de ver balão
Que as festas já começaram, tem "arraiá", tem quentão
São José foi no plantio, na colheita é São João
A quadrilha já tá pronta, vai ter forró e baião

E a sanfona anima o povo, todos vão se apresentar
Pra comitiva real, ao som do fole brincar
Bumba meu boi, maracatu, frevo, pagode e reisado
E tudo que precisar pra gente ficar animado

Foi cantando pelo sertão que Gonzaga virou rei
De tanto cantarem junto, sua canção hoje é lei
Da poesia na praça, da valentia e coragem
Sua lição ganha as rádios, difunde sua mensagem

Nas estações onde passa, vai contando sua vida
Espalha alegria e raça, hoje ganha a Avenida
E a Tijuca agora brinca e pra todo o mundo diz
Que a estrela de Gonzaga no céu descansa feliz.

Isabel Azevedo & Ana Paula Trindade & Simone Martins & Paulo Barros


Vídeo: 


Samba Enredo

O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o rei Luiz do sertão
Compositores: Vadinho, Josemar Manfredini, Jorge Callado, Silas Augusto e Cesinha

Nessa viagem arretada
“Lua” clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão
“Chuva, sol”, meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai, que visão deslumbrante, se avexe não
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação

Mandacaru, a flor do cangaço
Tem “xote menina” nesse arrasta-pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa, eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a “triste partida”
Eu vi no caminho vida severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore, raiz cultural
Simbora que a noite já vem, “saudades do meu São João”
“Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só”
“Numa serenata” feliz vou cantar
No meu Pé de Serra festejo ao luar
Tijuca, a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca, vem comemorar
“Inté Asa Branca” encontra o pavão
Pra coroar o “Rei do Sertão”