PÁGINAS

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Castelo Hansen em entrevista a TV Cultura de Jaú


“Desde criança queria ser escritor. Meu pai tinha muitos livros, aos 12 anos meu pai tinha uma máquina de escrever e já jazia poesia, mas não mostrava para ninguém, só para minha mãe. Jornalista, cronista e poeta. Meu primeiro trabalho foi em uma gráfica, não ganhava nada”. Foi fundador do Colégio Brasileiro de Poetas de Mauá, do Grupo Literário Letra Viva (Guarulhos), membro da Academia Guarulhense de Letras

Foi o presidente honorário da Sociedade Guarulhense da Cultura Artística.. Foi editor de Política o jornal Folha Metropolitana de Guarulhos. Livros: Canção para o Sol voltar -1980 (primeiro trabalhar), A flor que Drummond viu nascer no asfalto -2008, Um cego fita o horizonte, Consertam-se mundos e fundos (crônicas). Tem poesias musicadas, Utopia  e Dança da Noite, ambas musicadas por Ricardo Dutra; Você, Horizonte, Samba inútil e Tempo de goiaba também por Marcele.

Um Tempo
Primeiro de Abril
Castelo Hansen

Houve um tempo
Em que todo os versos eram de esperança
E mostra um caminho por fazer
Mesmo que noite fosse escura e fria
Havia sempre um jeito de poesia
Para se aguardar o amanhecer.

Mesmo em tempo de fome, tristeza,
De guerra fria, de dor, de incerteza,
Havia sempre um sol na consciência
Havia sempre luz no fim do túnel,

A marcha da história,
 A curva do horizonte
Para acalmar a santa paciência,
Houve um tempo
Em que todos os jovens eram proletários
Construindo seus versos literários
E fabricando um amanhã mais justo.

E já se via  até um novo dia
De sol, de amor, de pão e de alegria
A compensar todo trabalho e susto

Houve um tempo
Esse tempo passou, era tudo bobagem,
Era tudo mentira, engodo vil.

A história se enganou, voltou para trás,
Não  existe amanhã, nem pão, nem paz,
Nem fim de túnel, nem sonho,
Nem miragem.

Enganamos um bobo,
Primeiro de abril...

Assista a entrevista