Abrindo as Comemorações do
Centenário do Samba Pelo Telefone, no Circuito Rodas de Samba, O Samba do Sino
se apresentou na Casa de Cultura São Rafael. Os eventos acontecem na cidade de
São Paulo do dia 19-11-2016 até o dia 11-12-2016 em diversos locais da cidade e
com diversos artistas.
Os Sineiros trouxeram um pouco
desta Cultura Popular que é o Samba. O Samba não é apenas um ritmo ou um tipo
de música brasileira. Na realidade esta cultura popular miscigenada está ligada
umbilicalmente a nossa identidade cultural. Herança de nossa diversidade no
mosaico racial que é a nossa nação. O mais importante desta consciência negra é
entender o quão é importante e fundamental para a formação de nossa nação, essa
miscigenação se deu de forma tão forte que hoje não conseguimos separar uma da
outra, na culinária, na agricultura, na linguagem, no sincretismo religioso, na
dança, no ritmo, na musicalidade, no leite negro que nos alimentou, e também na
importância de se respeitar a diversidade seja ela em qual grau houver.
Não conseguimos precisar qual a
idade do samba, mas sabemos que começa quando os batuqueiros nascidos livres
chegam ao Brasil como escravos, e para expressar sua religiosidade dançavam aos
sons de seus tambores. Este é o embrião que nos levaria anos mais adiante a
configuração do Samba. O Jongo, A Catira, O Maxixe – obrigado a mudar sua
denominação para Tango Brasileiro para fugir da perseguição, e todas as
matrizes que contribuíram para a sua formatação. Certo é que o samba é
brasileiro.
Contando a história através dos
sambas, trouxe o primeiro samba gravado de São Paulo, O Tatu Subiu no Pau de
Eduardo Souto, e a partir daí um passeio pelo Brasil. Rio de Janeiro, Bahia,
São Paulo, com a tonalidade cotidiana a expressão do dia a dia de nossa nação,
no morro, na periferia, na comunidade, no bairro nas cidades.