
Francisco Alves – Nasceu em 19/8/1898
Rio de Janeiro, RJ. Morreu em 27/9/1952
Pindamonhangaba,
SP.
Filho do imigrante português José
Alves, que se tornou dono de um bar na Rua do Acre, onde nasceu e se criou.
Teve quatro irmãos, entre os quais, José, conhecido por Juca, que morreu
durante a epidemia de gripe espanhola e Ângela, a mais velha e que o presenteou
com uma guitarra, seu primeiro instrumento musical.
Desde cedo ganhou o apelido de
Chico que o acompanhou por toda a vida. Começou a trabalhar cedo, como
engraxate na Rua Evaristo da Veiga, para onde a família se mudou com
dificuldades financeiras. Por essa época, costumava acompanhar os ensaios da
banda de música do batalhão da Polícia Militar situado na mesma rua onde
morava.. Em 1920 casou-se com Perpétua Guerra Tutóia, a quem conhecera num
cabaré na Lapa. O casamento, que foi feito contra a vontade da família, durou
pouco tempo entretanto.
Pouco depois conheceu a atriz
Célia Zenatti, com quem se casou e viveu por 28 anos. Durante alguns anos,
mesmo já atuando como cantor e com diversos discos gravados, continuou
trabalhando como chofer de táxi.
Iniciou a carreia artística em
1918 cantando no Pavilhão do Méier para o qual foi aprovado num teste e depois,
no Circo Spinelli. A companhia com a qual trabalhava dissolveu-se pouco depois
devido aos efeitos provocados na cidade pela gripe espanhola. Um ano depois a
companhia voltou a se organizar em Nitérói e o cantor voltou a atuar nela. Por
essa época conheceu numa festa o compositor Sinhô que o apresentou a João Gonzaga,
filho de Chiquinha Gonzaga e que estava montando uma fábrica de discos. Em 1919
lançou pelo selo Popular seu primeiro disco interpretando de Sinhô a marcha
carnavalesca "O pé de anjo" e o samba "Fala, meu louro",
com o próprio Sinhô fazendo o ritmo e o coro formado por algumas de suas
sobrinhas e seu amigo Juvenal Fontes. Em seguida, gravou do mesmo Sinhô o samba
"Alivia esses olhos". Continuou frequentando rodas de boemia em
bairros como a Lapa e Vila Izabel, travando conhecimento com inúmeros artistas,
entre os quais, Pixinguinha. Em 1921
conheceu o empresário José Segreto que o convidou a trabalhar no Teatro São
José, em revistas musicais, interpretando sucessos de Vicente Celestino.
Embora esteja meio esquecido,
Francisco Alves é considerado até hoje o maior cantor brasileiro. Como morreu
relativamente moço (tinha 52 anos), de forma inesperada (um acidente de
automóvel) e no auge da carreira, o país não acompanhou sua decadência, como
aconteceu com Orlando Silva e Nelson Gonçalves, só para citar duas vozes do
século passado." Fonte Cravo Albin
Assista vídeo:-