Cor da Arte
Carlos J Fernandes Neto



Os anciões dão
conta que há muito o departamento de cultura, arte e entretenimento foi
praticamente excluído do dia a dia desta sociedade acinzentada. Seus fazedores
de arte, brincantes, cantadores e contadores de história e toda a classe de
artistas foram por muito tempo ridicularizado e praticamente desapareceu, pois
em nada poderia ajudar, somente agregar mais despesas. O povo foi
entristecendo, não expressava mais seus sentimentos, não cantava, e com tudo
isto reduzia seu consumo.




Por onde passavam, deixavam sinais das cores, as serpentinas, os confetes, as alegorias, as fantasias, os sonhos, as alegrias. Lembraram de seus ancestrais, se reuniam em torno das fogueiras, cantaram e contaram as histórias de seus avós como se nunca as tivessem cantado ou contado.
Começa uma busca por tecidos coloridos, por adereços, por livros. Os locais públicos começam a ser ocupado culturalmente pelos fazedores de arte. Em pouco tempo a economia volta a aquecer, o povo mais cheio
A Arte e a Cultura
são o alimento da alma, sem o qual uma sociedade não pode entender sua
identidade, e um povo que não tem sua identidade cultural é dominado e facilmente
controlado ao bel prazer de seus mandatários. A arte, cultura e todas as suas
linguagens não dá conta de tamanha envergadura sozinha como pudemos ver nesta
obra de ficção, mas é inegável a sua importância para a identidade cultural de
um povo, participando do desenvolvimento social e cultural de uma nação.
Obs
– Trata-se de uma obra de ficção, qualquer semelhança é mera coincidência.
Em
caso de agravamento da falta de cultura PROCURE um Artista.
Esta ficção foi a forma encontrada para
poder agradecer os aplausos – e vaias, que recebemos durante nossa trajetória.
Os integrantes do Samba do Sino desejam um
Natal e Ano Novo muito COLORIDO para toda a nação!