Forças
para protestar contra o encerramento das atividades.
No dia 29 de novembro pais de
estudantes da Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim (EMESP Tom
Jobim) — unidade Brooklin (zona sul da capital) — participaram de uma reunião
proposta pelo professor e deputado Carlos Giannazi na ALESP. Preocupados com as
informações já consideradas oficiais de que esta unidade da escola de música
vai fechar as portas e seus filhos transferidos para a unidade Luz (no centro
de São Paulo), alunos, ex-alunos também juntaram forças para protestar contra o
encerramento das atividades desta unidade. O mandato já havia denunciado o
sucateamento da prestação dos serviços da EMESP há um ano e já encaminhara,
então, pedidos de investigação ao Ministério Público Estadual e Tribunal de
Contas do Estado sobre medidas temerárias tomadas pela Organização Social Santa
Marcelina Cultura, que desde 2008 faz a gestão da escola por meio de um
contrato com a Secretaria Estadual da Cultura — de 1989 até esta data a EMESP
era a Universidade Livre de Música Tom Jobim (ULM), criada na esfera pública.
Denúncias de esvaziamento do
corpo docente, evasão de alunos, fim do coral para a terceira idade,
descaracterização do sistema pedagógico (inicialmente de caráter público e de
reconhecida excelência dentro e fora do Brasil), professores sem apoio e
liberdade de expressão, descompromisso com a grade curricular, falta de diálogo
e arbitrariedade da direção da unidade foram expostas durante o encontro.
Giannazi, que por várias vezes
tentou marcar uma reunião com a EMESP, acionará o MPE com relação a este
iminente fechamento da unidade Brooklin — que também atende a um público que
mora muito longe da escola e que, sem ela, não teria condições de se deslocar
ao Centro da cidade para continuar seus estudos — e enfatizou que é muito
importante que o movimento continue e amplie a sua organização para que a
pressão dos pais e alunos cumpra o papel de alerta sobre o desmonte da unidade.
“Também já acionamos a Comissão de Educação e Cultura da ALESP pedindo a
convocação do secretário de Cultura, de um representante da OS e do diretor
pedagógico Paulo Zuben para explicarem à comissão a precarização dos serviços
prestados pela EMESP sob a gestão da Santa Marcelina”, enfatizou.