Miguel Gustavo Werneck de Souza
Martins, compositor, jornalista, poeta e radialista nasceu no Rio de Janeiro em
24. de março de 1922 e faleceu em 22 de janeiro de 1972 aos 50 anos de idade.
Miguel Gustavo era um cronista
musical. Retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo
nos meios sociais da época. Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em
1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio.
Em 1950 começou a compor jingles
tendo se notabilizado nesta atividade com vários jingles de grande repercussão
podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com
aproveitamento da melodia de Jesus, alegria dos homens de Johann Sebastian
Bach. Sua primeira música gravada foi Primeiro amor, interpretada por Luiz de Carvalho,
Os Tocantins e Dilu Mello em gravação Continental lançada em julho/agosto de
1946.
Em 23 de setembro de 1947,
Ataulfo Alves gravou na Victor o samba O que é que eu vou dizer em casa, de sua
autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical. Em 1952 voltou a
fazer sucesso com A valsa da vovozinha composta em parceria com Juanita
Castilho e Edmundo de Souza e gravada por Carlos Galhardo. Ainda neste ano
compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções
relacionadas com Portugal: Trigueirinha e Pregões de Portugal, escritas após
uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.
Em 1953 voltou a fazer sucesso
com É sempre o papai, um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na
Sinter. Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Soçaite onde ele
procurava ridicularizar os personagens que freqüentavam as colunas sociais de
Jacinto de Thormes e Ibrahim Suéde. Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde
ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa.
No carnaval criticou as fanzocas
de rádio, o presidente J.K. e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros
programas de rádio ou televisão. Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque
com Moreira da Silva: O conto do pintor, O rei do gatilho, O último dos
Moicanos, O sequestro de Ringo, O rei do cangaço e Morengueira contra 007.
Para a Copa de futebol de 1970,
no Mexico, ele criou o extraordinário Prá frente Brasil ao participar de um
concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos. O sucesso
foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais
cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira.
Mas ele tem letras magníficas em
marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizete Cardoso (Partido baixo do
partido alto e Achados e perdidos); Dircinha Batista (Carnaval prá valer);
Jorge Veiga (Independência ou morte); Carminha Mascarenhas (Per omnia saecula
saeculorum); Isaura Garcia (O samba do crioulo); com Linda Batista (Stanislau
Ponte Preta); Aracy de Almeida (Conselho inútil, E dai ?...) e muitos outros.
A música A dança da boneca,
gravada pelo Chacrinha para o carnaval de 67 foi, depois, transformada no
prefixo do programa Discoteca do Chacrinha com ligeiras modificações na letra e
se popularizando pelo Brasil inteiro. Fonte: http://www.collectors.com.br/CS07/cs07m01b.shtml
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