Zezé
Gonzaga, nome
artístico de Maria José Gonzaga (Manhuaçu, 3 de setembro de 1926 — Rio de
Janeiro, 24 de julho de 2008) foi uma cantora brasileira.
Segundo a referencia do livro 1 (Ronaldo
Conde Aguiar) iniciou a carreira aos 16 anos de idade, participando do programa
de calouros de Ary Barroso em 1942, mas já cantava em família desde os 13 anos.
Criada no meio musical, mãe flautista, Sra. Oraide e o pai "luthier"
Sr. Rodolpho. Convidada por Victor Costa, foi contratada pela Rádio Nacional em
1948, além de cantora solo integrou também diversos conjuntos vocais, como As
Moreninhas do Ritmo, os Cantores do Céu entre outros. Zezé chegou a ser a
cantora mais tocada da Nacional e tornou-se uma das mais famosas intérpretes da
era do rádio.
Estrelato
e breve afastamento da carreira
Gravou seu primeiro disco em 1949 e seu
primeiro LP estreou no elogiado "Zezé Gonzaga", lançado pela
Columbia, em 1956. Dona de uma bela voz soprano, Zezé sempre flertou com a
música clássica. Chegou a estudar canto lírico, mas não seguiu carreira porque
"o mercado é muito pequeno".
Mas ela deu suas escapadinhas de vez em
quando, algumas vezes, para cantar sambas, ela baixava o tom da voz, para dar
às músicas um caráter mais popular.. Na Rádio Nacional, era a preferida do
maestro Radamés Gnatalli, de quem virava-e-mexia cantava temas eruditos,
juntamente com obras de Villa-Lobos.
Aos 45 anos de idade, desanimada com os
rumos que tomava sua carreira, atrelada ao comercialismo da gravadora Columbia
(atual Sony Music), Zezé decidiu se aposentar. Passou 3 anos trabalhando numa
creche em Curitiba, Paraná.
Recomeço
Em 1979, Hermínio Bello de Carvalho —
velho fã da época do rádio — reapareceu em sua vida com uma proposta
irrecusável: voltar ao Rio para gravar um LP. Mas não um LP qualquer e sim um
de canções do velho amigo Valzinho, acompanhadas pelo sexteto de Radamés.
Foi um dos melhores discos do ano
(1979), com as honras de ter revelado ao grande público a arte de Valzinho, que
morreria meses depois, e de ter provado que Zezé Gonzaga ainda era a mesma.
Desde então, não parou mais: fez shows, recitais, viagens. Discos, mesmo, só em
participações especiais.
Até que Hermínio voltou a ser seu anjo
da guarda. Produziu o excelente CD "Clássicos", em que Zezé canta em
dupla com Jane Duboc. A oportunidade de gravar o primeiro CD solo surgiu no
início de 2002, quando a cantora mineira fez uma série de apresentações no Paço
Imperial, no Rio de Janeiro.
Em uma delas estava a cantora Olivia
Hime, dona da gravadora Biscoito Fino. O convite para gravar foi imediato.
Assim, nasceu "Sou apenas uma senhora que ainda canta", unindo
canções do passado a novas composições, num repertório magnífico,
esplendorosamente interpretado.
Últimos
anos
A cantora passou seus últimos anos de
vida sem gravar ou fazer apresentações. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em
24 de julho de 2008.
Acervo
A
coleção Zezé Gonzaga,
foi doada à Fundação Museu da Imagem e do Som em 2008. O acervo é composto de
discos, fitas, livros, vídeos, documentos textuais e objetos tridimensionais,
tais como troféus e placas. Zezé Gonzaga participou do projeto Depoimentos para
a Posteridade do MIS em 19 de janeiro de 1993. Fonte wikipedia
Assista vídeo: As Pombas de Chiquinha
Gonzaga