Elvira
Pagã (pseudônimo de Elvira Olivieri Cozzolino) (Itararé, 6 de setembro de 1920
— Rio de Janeiro, 8 de maio de 2003) foi uma atriz, cantora, compositora e
vedete brasileira.
Biografia
Mudou-se
ainda pequena, com a família, para o Rio de Janeiro, onde estudou em colégio de
freiras - Imaculada Conceição. Ainda estudante organiza, junto com a irmã
Rosina, diversas festas onde travam relações com o meio artístico carioca,
sobretudo com os integrantes do Bando da Lua.
Ainda
na década de 1930 realizam um espetáculo de inauguração do "Cine
Ipanema", junto com os Anjos do Inferno, ocasião em que recebem de Heitor
Beltrão o apelido de "Irmãs Pagãs" - que então adotam para o resto da
vida, tanto para a parceria, que dura até 1940, ano em que Elvira se casa e
termina a dupla, como nas respectivas carreiras solo.
As
irmãs realizam um total de treze discos, juntas, além de filmes como Alô, Alô,
Carnaval, em 1935, e o argentino "Tres anclados en París", de 1938.
Elvira
torna-se uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, disputando com Luz del
Fuego o papel de destaque dentre as mais ousadas mulheres brasileiras de seu
tempo: foi a primeira a usar biquini em Copacabana; nos anos 50 posou nua para
uma foto, que distribui, como cartão natalino.
A
beleza e sensualidade fizeram-lhe a fama, sendo uma das "sexy
symbols" mais cobiçadas da época. Foi a primeira Rainha do Carnaval
carioca - inovação nos festejos momescos, mantida até o presente.
Foi
responsável direta por uma das tentativas de suicídio do compositor Assis
Valente, ao lhe cobrar, de forma escandalosa, uma dívida.
A
partir da década de 1970 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem
grande destaque nesta nova iniciativa.
Com
a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer
contacto com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. A morte somente
foi divulgada após três meses da ocorrência, pela irmã, que morava nos Estados
Unidos.
Música
A
carreira musical pode ser dividida em duas partes: a primeira, onde fazia
parceria com a irmã, na dupla "Irmãs Pagãs"; a segunda, em carreira
solo, onde também aventurou pela composição de marchinhas e sambas.
Fez,
com a irmã, turnê pela Argentina, Peru e Chile, durante quatro meses.
Apresentavam-se nas Rádios, como a Mayrink Veiga e com a irmã gravou ao todo
treze discos.
Seu
primeiro disco sozinha data de 1944 e no ano seguinte gravou um novo trabalho
que constitui-se numa novidade, para a época, uma vez que possuía apenas quatro
músicas. Gravou em diversos estúdios, como o Continental, Todamérica e outros,
além de diversas parcerias, como com Herivelto Martins, Orlando Silva e outros.
Composição
A
primeira composição é de 1950, o samba "Batuca Daqui, Batuca de Lá",
em parceria com Antônio Valentim. Do mesmo ano é o seu baião "Vamos
Pescar"; do ano seguinte, com o mesmo parceiro anterior, são o baião
"Saudade Que Vive em Mim" e a marcha "A Rainha da Mata", e
o samba "Cacetete, Não!". Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Compôs
ainda:
"Reticências"
- samba (1953)
"Sou
Feliz", com M. Zamorano (1953)
"Vela
Acesa", com Antônio Valentim e Orlando Gazzaneo - samba
"Viva
los Toros", com Orlando Gazzaneo
"Marreta
o Bombo" - marcha
"Condenada"
– samba
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