Francisco
Mignone (São Paulo, 3 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de
1986) foi um pianista, regente e compositor erudito brasileiro.
Começou
a estudar música com o pai, o flautista Alferio Mignone, que emigrou da Itália
para o Brasil. No Conservatório Dramático e Musical de São Paulo formou-se em
piano, flauta e composição. Foi aluno de Luigi Chiaffarelli e de Agostino
Cantù.
Iniciou
sua carreira na música popular, sob o pseudônimo de Chico Bororó. Era conhecido
por tocar nas rodas de choro em bairros como o Brás, Bexiga e Barra Funda.
Bolsista
na Itália
Em
1920, agraciado com uma bolsa de estudos concedida pelo Pensionato Artístico do
Estado de São Paulo, foi estudar em Milão com Vincenzo Ferroni e lá escreveu
sua primeira ópera, O Contratador de Diamantes. A primeira audição da Congada,
uma peça orquestral dessa ópera, deu-se sob a batuta de Richard Strauss com a
Orquestra Filarmônica de Viena, no Rio de Janeiro.
Em
1929, já de volta ao Brasil, iniciou um período de amizade e parceria com Mário
de Andrade. Em colaboração com o escritor compôs algumas de suas principais
obras como a suíte Festa das Igrejas e o bailado Maracatu do Chico Rei, além da
Sinfonia do Trabalho.
Em
1934 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou professor de regência no
Instituto Nacional de Música.
Deu
início à sua fase nacionalista, que se estendeu até 1959, quando preferiu
admitir o uso de qualquer processo de composição que lhe conferisse liberdade
ao escrever a música. Sua obra musical inclui numerosas canções, obras para
piano, óperas, um balé, obras de cunho nacionalista. Dentre elas, de se citar a
belíssima Valsa de Esquina nº. 2, em que se pode bem notar uma melodia
executada com a mão esquerda no registro grave (contraponto), ao mesmo tempo
que a melodia propriamente dita, executada pela mão direita no registro médio e
agudo.
Em
1961 foi o regente do primeiro concerto da recém fundada Orquestra da Rádio
MEC, atual, Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF).
Foi
casado com a concertista Marie Joséphine Bensoussan (nas artes, Maria
Josephina) de quem teve uma filha, Anete. Fonte
wikipedia
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