Desfile
Grupo Especial na Marquês de Sapucai
Horário:- 01h20 – 02h30
Dia 20/02/2012
Sambódromo Marquês de Sapucai
"O dia em que toda a realeza
desembarcou na avenida para coroar o rei Luiz do sertão"
Sinopse
"Quero ser lembrado como o
sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão,
que cantou as aves, os animais,
os padres, os cangaceiros, os retirantes,
os valentes, os covardes, o
amor."
Luiz Gonzaga
Toca a sanfona porque a festa vai
começar!
Abre e fecha esse fole que a
comitiva vai chegar
A Avenida é a estrada que leva
sertão adentro
E ninguém que aqui está esquecerá
esse momento
De lembrar que, em noite de
estrela, nasceu um rei no sertão
Que virou majestade de tanto
ensinar o baião
Andando e cantando a história de
seu povo
Cem anos depois, ele vai ser
coroado de novo
Convidamos reis e rainhas pra
mostrar que desde menino
Luiz Gonzaga, o Lua, já tinha de
astro o destino
Mostrava o sorriso e a alegria,
cantava e dava lição
Mas lá no fundo guardava saudade
no coração
Senhoras e senhores, o roteiro
dessa viagem
Leva a terras distantes, onde um
povo de coragem
Desafia a seca e a poeira, do
barro ganha a vida
Esculpe a terra, tece a renda, de
sol a sol nessa lida
No mercado, montam a banca e é
bonito de se ver
E de tudo que há no mundo, nele tem
para vender
Cores, cheiros, sabores da
cultura nordestina
Lá se compra toda a sorte dessa
vida Severina
Segue o comboio real, vai
cruzando o caminho
No lombo do burro, chega às
terras de Vitalino
O mestre da escultura, que todo
mundo copia
Bonecos que contam a vida, as
coisas do dia a dia
Mas pra conhecer o sertão, é
preciso ter coragem
Atravessar a caatinga, seguir em
frente a viagem
Pedir benção, rezar com fé, ser
beato, ser romeiro
E reunir com toda a tropa, lá na
Missa do Vaqueiro
Senhores, rainhas e reis, o Rei
do Baião anuncia
Que, depois de tanta reza, vai
crescer a valentia
É pegar a beira do rio, é ser
Lampião e Corisco
Pra conhecer a beleza do Vale do
São Francisco
Andar pela margem pra ver a vida
que brota dos rios
O Velho Chico crescendo, com água
que vem dos baixios
A cana, os frutos, o gado, o
canto do passarinho
Cantar a saudade do rei, desse
tempo de menino
Toca a boiada, vaqueiro! Segue em
guarda o cangaço
Que cada afluente que corre do
Velho Chico é um braço
Desce pro sul até ver carrancas
que trazem a sorte
A cara feia que espanta não deixa
ter medo da morte
"Simbora" que vem a
noite, é hora de ver balão
Que as festas já começaram, tem
"arraiá", tem quentão
São José foi no plantio, na
colheita é São João
A quadrilha já tá pronta, vai ter
forró e baião
E a sanfona anima o povo, todos
vão se apresentar
Pra comitiva real, ao som do fole
brincar
Bumba meu boi, maracatu, frevo,
pagode e reisado
E tudo que precisar pra gente
ficar animado
Foi cantando pelo sertão que
Gonzaga virou rei
De tanto cantarem junto, sua
canção hoje é lei
Da poesia na praça, da valentia e
coragem
Sua lição ganha as rádios,
difunde sua mensagem
Nas estações onde passa, vai
contando sua vida
Espalha alegria e raça, hoje
ganha a Avenida
E a Tijuca agora brinca e pra
todo o mundo diz
Que a estrela de Gonzaga no céu
descansa feliz.
Isabel Azevedo & Ana Paula Trindade
& Simone Martins & Paulo Barros
Veja mais- http://unidosdatijuca.com.br/
Vídeo:
Samba Enredo
O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o rei
Luiz do sertão
Compositores: Vadinho, Josemar
Manfredini, Jorge Callado, Silas Augusto e Cesinha
Nessa viagem arretada
“Lua” clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão
“Chuva, sol”, meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai, que visão deslumbrante, se
avexe não
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação
Mandacaru, a flor do cangaço
Tem “xote menina” nesse
arrasta-pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa, eu pago, me guia na
fé
Em cada estação, a “triste
partida”
Eu vi no caminho vida severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore, raiz
cultural
Simbora que a noite já vem,
“saudades do meu São João”
“Respeita Véio Januário, seus
oito baixo tinhoso que só”
“Numa serenata” feliz vou cantar
No meu Pé de Serra festejo ao
luar
Tijuca, a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem
coroação
A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca, vem comemorar
“Inté Asa Branca” encontra o
pavão
Pra coroar o “Rei do Sertão”