A Roda surge da necessidade em manter acesa a chama da Cultura Popular Brasileira, trazendo à tona histórias que são cantadas através de sambas tradicionais de todo o território nacional, da velha guarda aos novos compositores, inclusive sambas autorais, pois o Samba Presente Não Esquece o Passado, deixando prevalecer o sotaque do samba paulista, do rural ao urbano. O Sino surge devido à dificuldade em encerrar o Samba às 22h, pois é realizado em bairro residencial. Surge a ideia de se utilizar um SINO para indicar o final do samba. Ai começaram a dizer: –“Vamos naquele samba, aquele que o cara toca o Sino...” Acaba-se adotando o nome SAMBA DO SINO, e assim se conveniou tocar o Sino para começar e para terminar o Samba, estabelecendo-se uma COMUNICAÇÃO ANCESTRAL pelo toque do Sino.
O Projeto Cantando a História do
Samba, idealizado por ELZELINA DORIS, tem a finalidade de valorizar a história
social do samba a partir do resgate da nossa memória musical e tem o objetivo
de despertar e desenvolver a integração social, o bem estar e a construção de
uma cultura de paz e fortalecimento da auto estima.
Desenvolvido em escolas da rede
pública e particular, busca o envolvimento dos professores das diversas áreas
do conhecimento com oficinas de sensibilização e interativas com os alunos,
possibilitando as crianças e aos jovens a fruição dessa genuína manifestação da
cultura negra brasileira.
O projeto articula no mesmo
espaço, tempo e lugar, formação, informação, conhecimento, história e a
importância da cultura afro-brasileira e de matriz africana para a afirmação da
nossa identidade étnica e racial. Com atividades lúdicas e pedagógicas com base
na musicalidade rítmica do samba e na poesia, o projeto é um espaço para que
aprendamos a valorizar os momentos importantes em que a música se inscreve no
tempo e na historia.
Objetivo:
Nosso objetivo é contribuir com a
formação cultural dos professores e educadores, valorizando nossa cultura
musical, através de atividades prazerosas, lúdicas e educativas, voltadas para
o desenvolvimento da sociabilidade, da integração e do bem estar nas escolas e
também com o processo de Implementação da Lei nº 10.639 e com as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais.
Na próxima terça-feira dia 18 de
dezembro, o Panela do Samba fará sua última reunião em 2012.
Agradecemos o apoio de todos(as)
neste ano e, gostaríamos de contar com a presença de vocês neste último
encontro. O ano foi extremamente proveitoso. O comprometimento da "espinha
dorsal" foi a tônica do trabalho que revelou novos compositores para o
segundo caderno, novos interpretes (inclusive mirins) em um ambiente de muita
descontração.
A colaboração de todos vocês foi
de suma importância para o nosso crescimento e por isso o nosso agradecimento
está aí, em forma de um convite para fecharmos essa "tampa" com
alegria e em plena harmonia com o samba. Por favor, pode estender o convite a
todos os sambistas que conhecerem, pois serão bem vindos no nosso terreiro.
No dia 18 de dezembro, estaremos
também lançando o nosso Projeto (já em fase final): O SITE DO PANELA DO SAMBA.
Agradecemos mais uma vez e contamos
com a presença de todos(as) os amigos que militaram conosco neste ano de
afirmação.
Contato: (15) 97034319 vivo -
88051043 Oi - 91380496 claro
Noel de Medeiros Rosa (Rio de
Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um
sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos
maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição
fundamental na legitimação do samba de morro e no "asfalto", ou seja,
entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época -
fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular
brasileira.
Noel Rosa nasceu de um parto
muito difícil, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra, como medida
para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, nasceu com
hipoplasia(desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de
Pierre-Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua
fisionomia bastante particular.
Criado no bairro carioca de Vila
Isabel, primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da
professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo
estudado no tradicional Colégio São Bento.
Em 1929, Noel arriscou as suas
primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele
mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que
roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do
cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os
amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou:
"Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do
cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia
crítica.
Orestes Barbosa, exímio poeta da
canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das
letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X
Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os
dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados,
que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel
como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a
cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Fundado em 23/12/2002, o Projeto
resgata a essência da Cultura Brasileira, que nada mais é que o samba.
Resgatam principalmente a
intenção original do samba, ou seja, o samba que protesta, que exalta, o samba
que lamenta, o samba de improviso, o verdadeiro partido - alto de Aniceto do
Império e Xangô da Mangueira. Resumindo o samba de terreiro, a poesia dos morros,
uma música pura, sem máscara. Exaltando os grandes mestres do gênero como
Cartola, Candeia, Paulo da Portela, Silas de Oliveira, Sinhô, Noel Rosa,
Geraldo Pereira, Wilson Baptista, Ismael Silva, Bide e Marçal dentre outros
inúmeros bons sambistas.
Antes da Roda será apresentado um documentário.
Detalhes:
O que: RODA DE SAMBA TERREIRO DE MAUÁ
Quando: Sexta-Feira
agora dia 07/12
Onde: Ação Educativa
Endereço: Rua General Jardim,660 - Vila Buarque (próx. metrô
Santa Cecília e Republica e Sesc Consolação e Rua Maria Antonia)
Horário: Das 19:00h as 20:00h = Exibição de Documentário
Das
20:00h as 22:00h = Apresentação da Roda de Samba
O que:- O Samba de Ontem e de Hoje Pelo Samba de Amanhã
Quem:- Toinho Melodia e Bruno Leite
Quando:- Domingo, 09/12
Horário:- 14h
Onde:- Espaço Urucum
End:- Rua Cardeal Arcoverde, 1598 – São Paulo – SP
Entrada:- R$10,00
Tem mais uma roda de Samba com Toinho Melodia convidando o
talentoso Bruno Leite. cerveja gelada a preços populares, roda de Samba de
primeira comandada pelo grande bamba, Toinho Melodia!
End:- Rua Riachuelo 140 ( Centro ) em Frente o Ministério
Publico ao Lado da Facudade de Direito / 3 Minutos do Metrô Sé / 50 Metros do Largo São
Francisco Informações : Brão Lopes (oi)96559 9190 / 2742 7668 ou ID 11*1016859
No final da manhã deste sábado,
foi realizado no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro, o primeiro
dia do 2º Congresso Nacional do Samba. A primeira mesa, com o tema "Samba,
Carnaval e Redes Sociais", mediada pelo professor da UNIRIO, Jair Martins
de Miranda, recebeu o jornalista e responsável pelo site CARNAVALESCO, Alberto
João, a produtora da TV Globo de São Paulo, Fernanda dos Santos, o jornalista
Augusto Cezar Faria, o vice-presidente do Sebastiana, Jorge Sapia, e o
jornalista e assessor da Liesa, Vicente Datolli.
- Tem muita gente falando sobre o
que não sabe nas redes sociais. Me incomoda a irresponsabilidade da forma com
que falam sobre o carnaval. É importante ter respeito com as pessoas. A minha
preocupação é a falta de preparo. É importante a liberdade de expressão, mas
sem responsabilidade só vai fazer com que a gente caia em descrédito - disse
Vicente Datolli, sobre o uso das redes sociais no carnaval.
De opinião contrária a de
Vicente, Alberto João, do site CARNAVALESCO, ressaltou a importância dessas
novas mídias, para discussões sobre o maior espetáculo da Terra e ainda sugeriu
que a Liesa comece a usar essas ferramentas para maior aproximação com os
foliões.
- As pessoas vem discutindo
carnaval no Facebook, inclusive com humor e isso é divertido. Eles criticam o
carnaval através de fotos, texto e é muito interessante. O carnaval é uma
grande rede social, pelo fato de estarmos nos encontrando sempre. Vejo o Facebook
muito para discussão, acho até que a Liga precisa ter um. Isso é importante
para aproximar os amantes do carnaval - disse o jornalista.
A produtora da TV Globo de São
Paulo, Fernanda dos Santos, foi além do assunto virtual, já que está realizando
uma pesquisa com escolas de samba do carnaval paulista e disse que as redes
sociais também são offline e que as agremiações cada vez mais tem que
fortalecê-las, com suas comunidades, para terem bons resultados em seus
desfiles.
- Essa relação, quanto mais forte
a interligação das escolas com seus componentes e a identidade que ela consegue
captar neles, melhor o resultado final - declarou Fernanda.
O jornalista Augusto Cezar Faria,
apresentou o projeto de um infográfico dos 80 anos de desfile, aonde o público
pode ver e colaborar com fatos e curiosidades da história do carnaval ao longo
dos anos.
Após as apresentações, foi aberto
um debate junto ao público presente, aonde a questão dos comentários na
internet, que para uns é visto como feedback do trabalho e para outros já não é
tão bem visto, foi levantada, assim como a profissionalização das pessoas que
trabalham no carnaval, para que possa ter um melhor planejamento e rendimento
justo com os profissionais.
No sábado foram abordados os
temas, sempre com uma palestra seguida de mesa redonda: “A Diversidade do Samba
e o Patrimônio Cultural Imaterial”, “O Samba e suas Performances”, “Samba,
Carnaval e Redes Sociais” e “Samba, Carnaval e Direitos Autorais”.
“A Diversidade do Samba e o
Patrimônio Cultural Imaterial” iniciou com uma brilhante apresentação do autor
e músico Spirito Santo, que falou do seu livro Do Samba ao Funk do Jorjão, com
prefácio de Nei Lopes. Como é difícil a inserção da cultura negra na academia,
e como os dados coletados vão de encontro a alguns estudos feitos às pressas,
onde um “congueiro de uma semana” coleta os dados superficiais e produz teses,
dissertações e até livros teóricos sobre o assunto. E alguns enganos e erros que ocorrem na repetição
do que ele chama de “mitos do samba” dentro da bibliografia adotada dentro das
Universidades.
O outro destaque desta
temática foi o estudo da professora de
Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina, Tereza
Virgínia de Almeida que também é compositora e produtora cultural. No estudo
“Samba e Memória Musical – da tradição à transcontextualização”, a pesquisadora
reflete sobre a presença do samba e suas mudanças no contexto contemporâneo
pós-moderno apresenta conceitos como nomadismo; movência; intercâmbio dos
conceitos de tradição e ruptura.
“Acredito que pensar o samba como
patrimônio, no atual contexto, marcado e demarcado pelos interesses do
capitalismo tardio, passe por encontrar estratégias para que as ações sociais
de preservação e transcontextualização possam, cada vez mais, ser exercidas por
sujeitos efetivamente comprometidos com a dívida histórica que esta sociedade,
infelizmente, ainda preserva em relação a seus afro-descendentes”.
Mas quem pensa que só havia “samba
tradicional” no evento se enganou, o gênero e suas influências/influenciadores
foram intensamente debatidos: MPB, jongo, funk, jazz, paradinhas do mestre
André e Jorjão, bossa nova, maracatu… e novos grupos como o Metá Metá
apresentado por Isabela Martins de Morais e Silva que procura “mesclar em suas
canções as heranças do samba com as narrativas oriundas das religiões de matriz
afro-brasileira”
“O Samba e suas Performances”
chamou atenção com a professora Denise
Mancebo Zenocola, que na sua análise sobre o samba de gafieira fala sobre o que
há de diferente na relação entre feminino e o masculino nesta dança – “ratifica
a discussão do corpo na sua relação social social e de subjetividade; ressalta
a espontaneidade”. No tema “Samba, Carnaval e Direitos Autorais” José Vaz de
Souza Filho foi destaque apresentando
exemplos históricos das problemáticas de direito autoral dentro do
samba, as vendas de autoria, e
vislumbrando algumas soluções.
Na manhã de domingo foram
abordados os temas, também com palestra seguida de mesa redonda: “Samba,
Economia Criativa do Carnaval e Globalização” e “Samba e Territorialidade”. Em
“Samba e Territorialidade” refletiu-se desde o samba paulista, de uma roda de
samba em Belo Horizonte, narrativas do “povo do santo” – que criam e fazem a
manutenção dos terreiros no Rio de Janeiro, até a “Pequena África”. Em “Samba,
Economia Criativa do Carnaval e Globalização” Simone Aparecida Ramalho e Ana
Luisa Aranha e Silva apresentam modelo de economia inclusiva:
” a experiência do projeto de
geração de trabalho e renda Ala Loucos pela X, fruto da parceria entre entidades
do campo saúde mental e o GRCES X9 Paulistana, que há 12 anos vem tecendo vivas
redes solidárias no carnaval paulistano. Neste projeto, homens e mulheres
moradores da periferia de São Paulo, discriminados pela psiquiatrização e
incapacitação social, histórica e socialmente construídas que lhes confere
dupla exclusão social, à semelhança de outros grupos envolvidos no campo do
samba e do carnaval, ao tornarem-se aderecistas de grandes agremiações
paulistas, trabalhando a partir dos princípios da economia solidária, vêm
demonstrando que possibilidades potentes de geração de trabalho, renda e
cidadania podem ser incluídas na economia criativa do carnaval, sem que nos
distanciemos da raiz política emancipatória original e primeira do samba, mesmo
diante das proporções exigidas pelos desfiles das grandes agremiações
carnavalescas”
Infelizmente não foi possível
acompanhar a lavagem da Pedra do Sal, que estava marcado para as 7 horas e
iniciou após as 9:30 – registramos a espera e a conversa animada das baianas.
Mas… o fotógrafo português Miguel do projeto Fui? cedeu fotos.
Os pontos positivos do evento foram mesclar o cultural com o
acadêmico, uma cobertura jornalística carinhosa de vários meios de comunicação
e atendimento da organização atencioso. A vasta gama de profissionais e acadêmicos
interessados e com trabalhos interessantíssimos no assunto também foi outro
ponto alto do evento: estudiosos de cultura negra e relações raciais,
cientistas sociais, sociólogos, literatos, historiadores, museólogos,
antropólogos, músicos, compositores, dançarinos, políticos, filósofos, pedagogos,folcloristas,
etnólogos, artistas plásticos, membros das comissões julgadoras do carnaval,
jornalistas, administradores, gerenciadores de projetos, carnavalescos,
advogados, cientistas políticos, cineastas, promotores de eventos, produtores
musicais, estilistas, designers, atores, redatores, documentaristas…
Apesar de problemas amadores na
organização do evento: chamar os trabalhos selecionados em cima da hora, sem
haver tempo para os pesquisadores pedirem recursos para as universidades
(ocasionou muitas faltas); atrasos em excesso;
interrupção de mesas sem permitir que a platéia fizessse perguntas para
os autores que vieram de outros estados… outra crítica a se pensar e que vários
presentes citaram – apresentações em paralelo com temáticas em comum deram a
sensação de termos perdido muita coisa interessante. O balanço final do evento foi positivo, e
que nas próximas edições seja primoroso para que o público possa aproveitar
melhor as reflexões. O samba, a comunidade que o produz e os pesquisadores que
trabalham temas que da cultura negra merecem isso, e muito mais.
Leia mais:
“fui?” é uma ação provocatória
entre a arte e a comunidade, ao misturar os rostos e recantos de duas regiões
portuárias: a cidade do Porto (Portugal) e o porto do Rio de Janeiro (Brasil)
Abertura do 2º Congresso Nacional
do Samba: Edison Carneiro, José Ramos Tinhorão, Haroldo Costa e Sérgio Cabral.
Integrar a cadeia produtiva do
Carnaval via web 2.0. Esse é o objetivo do Portal do Carnaval, projeto de rede
social coordenado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO), que permitirá a troca de informações, serviços, produtos, negócios e
perfis de profissionais, fornecedores e empresários da maior festa popular do
Rio de Janeiro.
O Portal do Carnaval, previsto
para ser lançado no fim do mês de janeiro de 2013, marca a parceria entre a
UNIRIO e cinco associações culturais: a Liesa (Liga Independente das Escolas de
Samba do Rio de Janeiro), a Lesga (Liga das Escolas de Samba do Grupo de
Acesso), a AESCRJ (Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de
Janeiro), a FBCERJ (Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de
Janeiro) e a Amebras (Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil). A
coordenação do projeto é do professor Jair Martins de Miranda, do Centro de
Ciências Humanas e Sociais da UNIRIO, com apoio do Centro de Letras e Artes –
por meio do LAMAC – e do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia – por meio do
Departamento de Engenharia de Produção.
Além de servir como um centro de
informação para profissionais, empreendedores e instituições do samba e do
carnaval, o Portal pretende integrar cerca de dez mil profissionais, mil
instituições culturais e 500 empresas que atuam em negócios criativos. A ideia
é manter, de forma colaborativa, um banco de emprego e oportunidades que poderá
atender a outras festas populares e mega eventos no estado do Rio de Janeiro,
dado que teremos uma demanda crescente por esses profissionais e empreendedores
até 2016. Ao longo do ano, também estão previstas a capacitação de 300
empreendedores para utilizar o portal e a realização de reuniões com dirigentes
de instituições carnavalescas para propor políticas públicas na área.
Com recursos de cerca de R$ 400
mil para o projeto, financiados pelo Sebrae e pela Finep, a UNIRIO também vai
criar um Núcleo de Inteligência do Carnaval na Cidade do Samba, que ficará
responsável pelo desenvolvimento do portal e atendimento aos integrantes da
rede. O Portal promoverá seminários, encontros e capacitações sobre o tema e
difundirá, via newsletter, informações e oportunidades aos interessados em
Samba e Carnaval. O 2º Congresso Nacional do Samba, a ser realizado de 30 de
novembro a 2 de dezembro de 2012, será o primeiro grande encontro público para
discutir o tema, conhecer os usuários e colher opiniões e subsídios para a
construção do Portal.
UNIRIO - Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro
Edison de Souza Carneiro nasceu
no dia 12 de agosto de 1912, em Salvador, Bahia. Seu pai, Antônio Joaquim de
Souza Carneiro, era engenheiro civil e catedrático da Escola Politécnica da
Bahia.
Fez seus cursos de primeiro e
segundo graus em Salvador, bacharelando-se, no ano de 1936 (turma de 1935), em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Estado.
Jornalista, poeta, jurista e
folclorista, dedicou-se desde cedo aos estudos sobre o negro brasileiro,
tornando-se uma das maiores autoridades nacionais sobre os cultos
afro-brasileiros.
Aos dezesseis anos, fez parte do
grupo literário Academia dos Rebeldes (1928-1932), cujo líder era o jornalista
Pinheiro Viegas e que contava também com a participação do escritor Jorge
Amado. Iniciou, nesse ano, sua carreira de jornalista publicando no jornal A
Noite, de Salvador, de 24 a
27 de novembro, uma coletânea de poemas, tipo folhetim, intitulada Musa
Capenga.
No início da década de 1930,
começou a ter interesse pelos cultos afro-brasileiros, o folclore e a cultura
popular. Fez um curso de yorubá, um idioma falado no oeste da África,
principalmente na Nigéria, Benim, Togo e Serra Leoa. Aqui no Brasil é falado, principalmente, em
ritos religiosos de origem africana, sendo conhecido como nagô.
Contratado pelo jornal Estado da
Bahia (1936), escrevia sobre os ritos e festas dos candomblés baianos, sendo um
dos maiores defensores da liberdade para a sua prática. Passou depois de
colaborador a redator efetivo do periódico e, no ano seguinte, trabalhou alguns
meses também no Bahia-Jornal. Foi colaborador ainda, em diferentes épocas, dos
periódicos A Luva, O Momento, Revista Flama, Boletim de Ariel, Seiva, Diretrizes.
Em 1937, organizou o 2º Congresso
Afro-Brasileiro, realizado em Salvador no período de 11 a 20 de janeiro. No seu
discurso de abertura Édison Carneiro assim o definiu:
[...] Este Congresso tem por fim estudar
a influência do elemento africano no desenvolvimento do Brasil, sob o ponto de
vista da etnografia, do folclore, da arte, da antropologia, da história, da
sociologia, do direito, da psicologia social, enfim, de todos os problemas de
relações de raça no país. Eminentemente científico, mas também eminentemente
popular, o Congresso não reúne apenas trabalhos de especialistas e intelectuais
do Brasil e do estrangeiro, mas também interessa a massa popular, aos elementos
ligados, por tradições de cultura, por atavismo ou por quaisquer outras razões,
à própria vida artística, econômica, religiosa, do Negro do Brasil. [...]
Como um dos desdobramentos do
Congresso, no dia 3 de agosto de 1937, foi criada em Salvador, a União das
Seitas Afro-Brasileiras da Bahia.
Em 1939, Édison Carneiro
transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a ser colaborador de O Jornal. Posteriormente,
patrocinado pelo Museu Nacional, foi enviado à Bahia para coletar material
sobre cultos populares e encomendar bonecas de pano, em tamanho natural,
vestidas como as diversas divindades africanas.
Casou-se, em 1940, com Magdalena
Botelho de Souza Carneiro, com quem teve dois filhos, Philon (1945) e Lídia (1948).
Voltou ao Rio de Janeiro, onde
trabalhou como tradutor-redator e redator-chefe da agência The Associated Press, no período de 1941 a 1949; redator do
Britsh News Service (1941) e do jornal Última Hora, além de ser colaborador
também do Jornal do Brasil (1956-1966).
Exerceu diversos cargos, entre os
quais o de chefe da Seção de Divulgação do Departamento Econômico da
Confederação Nacional da Indústria e o de chefe da Seção de Estudos e
Planejamento, do Serviço Social da Indústria (Sesi).
Em 1953, foi contratado pela
Coordenação do Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
subordinada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), para redigir o seu
Boletim Mensal, trabalho que desenvolveu por dez anos, de 1956 a 1966.
Professor de Bibliografia de
Folclore, do Curso de Biblioteconomia da Biblioteca Nacional e de Cultura
Popular no Instituto Villa-Lobos, ministrou vários cursos como
professor-visitante nas Faculdades de Filosofia de Minas Gerais, Bahia,
Pernambuco e Paraná.
Foi ainda um dos responsáveis
pela estruturação da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, do MEC,
participando como membro do seu Conselho Técnico, de 1958 a 1961, sendo nomeado
diretor-executivo, no período de 1961
a 1964.
Fez uma viagem à África, com o
objetivo de pesquisar sobre a aculturação dos africanos, especialmente dos
yorubás ou nagôs, na sociedade brasileira.
Publicou diversos livros e
artigos de periódicos nas áreas da etnologia e do folclore, da história e até
da literatura. Entre os quais podem ser destacados: Religiões negras: notas de
etnografia religiosa (1936); Negros bantus (1937); O quilombo dos Palmares
(1947); Trajetória de Castro Alves (1947); Candomblés da Bahia (1948);
Antologia do negro brasileiro (organizador, 1950); O folclore nacional,
1943-1953 (1954); A cidade do Salvador: reconstituição histórica (1954); O
negro brasileiro (1956); Decimália: os cultos de origem africana no Brasil
(1959); A insurreição Praieira, 1848-1849 (1960); Folklore in Brazil, tradução
de Evolução dos estudos de folclore no Brasil, com texto também em francês e
alemão (1963); Ladinos e crioulos: estudo sobre o negro no Brasil (1964);
Dinâmica do folclore (1965); A sabedoria popular do Brasil: samba, batuque,
capoeira e outras danças e costumes (1968);
Folguedos tradicionais (1974); Capoeira (1975). Foi o redator da Carta
do Samba extraída no I CONGRESSO NACIONAL DO SAMBA.
Édison Carneiro morreu no Rio de
Janeiro, no dia 3 de dezembro de 1972.
A iniciativa de criar o Dia do
Samba foi ideia do vereador baiano Luis Monteiro da Costa para render homenagem
a Ari Barroso, que apesar de compor musicas com temas sobre a Bahia nunca havia
tido a oportunidade de ir ao estado. O dia 02 de dezembro coincide justamente
como sendo a primeira vez que Ari Barroso fincou os pés na Bahia.
Dia Nacional do Samba.
Inicialmente foi sancionada uma Lei estadual do Rio e Janeiro em 1962
declarando o dia 02 de dezembro como Dia do Samba, com base no projeto do
deputado Frota Aguiar. Este fato consta do documento “Carta do Samba” extraída do I
Congresso Nacional do Samba realizado no Rio de Janeiro no período de
28/11/1962 à 02/12/1962, com apoio do Ministério da Educação e Cultura –
Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro. O Presidente do Congresso foi Edison
Carneiro, e vejam os vices presidentes: Ari Barroso, Araci de Almeida,
Almirante. Nas comissões: Paulo Tapajós, Haroldo Costa, Donga, Sérgio Cabral,
Maestro José Siqueira, Pixinguinha, Tinhorão e Osvaldo Sargentelli, entre
outros.
Participaram deste I Congresso
compositores, intérpretes, sambistas, estudiosos, amigos do samba e
interessados em geral.
Consta da Carta do Samba em sua página de nº 08:-“ Até agora, para um disco brasileiro, centenas de discos estrangeiros
são editados no país. E, entre os discos considerados brasileiros, muitos são
traduções ou versões, que do Brasil têm apenas a língua básica em que são
cantados, pois até mesmo a entonação e a bossa vêm prontinhas de fora. O músico
nacional não participa sequer como intérprete nesses discos, que são gravados
sem a letra e distribuídos assim a vários países, fazendo-se a montagem da voz na matriz já feita”.
A Carta pede também que as
gravadoras, estações de rádio e TV sejam obrigadas a produzir ou reproduzir 60%
de músicas brasileiras. Entendem-se aqui como composição, intérpretes, músicos,
com padrões de instrumentação e orquestração igualmente brasileiros.
Nota-se que o problema não era só
o do Samba, mas também de toda a categoria de artistas envolvidos no processo
musical. Outra preocupação também era a de manter a originalidade musical, sem
se deixar influenciar por outros gêneros típicos estrangeiros, mas também sem
se deixar estrangular e
amordaçar, possibilitando o seu próprio desenvolvimento e progresso, se houver
alguma influencia que o Samba influencie e não seja influenciado.
Depois de 50 anos acontece no Rio
de Janeiro o II Congresso Nacional do
Samba que acontece nos dias 01 e 02 de dezembro.
Mas vamos voltar ao Dia Nacional
do Samba. Dia 02 de dezembro pipocam shows, rodas de samba, e no Rio tem o Trem
do Samba, e em São Paulo o Samba do Trem, onde os sambistas lotam os vagões
para cantarem sambas. São muitas as opções. Pesquise e divirta-se, pois no
Samba a festa não continua sem você.
Tio Mário, da Camisa Verde e
Branco, e Dona Olímpia, da Vai-Vai foram homenageados nesta sexta, 30, na
Assembléia Legislativa de São Paulo. A sessão solene foi iniciativa da deputada
Leci Brandão para saudar o Dia Nacional
do Samba, que é comemorado dia 2 de dezembro.
A alma de compositora e sambista
de Leci Brandão falou mais alto no plenário da Assembléia na manhã de sexta.
Diante do público formado em sua maioria por integrantes das Velhas Guardas das
tradicionais agremiações paulistas, Leci cantou o samba, de sua autoria e
Reinaldo, O Poeta Falou em que levanta a bandeira do samba de São Paulo e
rebate que aqui seja o túmulo do samba.
Acompanhada pelo cavaquinho do músico
Paulo Henrique, Leci emocionou os presentes ao cantar “Fui na Barra Funda, fui
lá no Bixiga, fui lá na Nenê. Me perdoa, poeta, mas discordo de você...”
O universo das escolas de samba é
muito familiar para Leci Brandão que, durante muitos anos, comentou o carnaval
carioca e também o paulista em emissoras de televisão. Ela se destacou ao
trazer com detalhes para o público o perfil dos integrantes das comunidades das
escolas que estão por trás do espetáculo e são fundamentais para a escola
entrar na avenida.
A TV Assembléia vai apresentar a
sessão solene na íntegra neste dia 2 de dezembro, às 21h.
" O samba é o mais belo documento da vida e da alma do povo brasileiro".(Rosane Volpatto-extraído do Texto SAMBA, SABOR DO BRASIL) Um grande abraçoao nosso patrono PAULINHO DA VIOLA.(Veja mais na página História do Samba) -------x-------
Pelo Fim da Ordem dos Músicos do Brasil !
Abaixo-Assinado Eletrônico pelo direito ao livre exercício da profissão de músico:
Paulinho da Viola- Entrevistado pelo programa Memória do Rádio
PAULINHO DA VIOLA - O Nosso Patrono
O Verso "Quando penso no futuro não esqueço meu passado" é creditado por Paulinho da Viola, em "Meu tempo é hoje", como sintese de sua obra, de sua vida. Recolhido de sua "Dança da Solidão"(72). (Pedro Alexandre Sanches - Folh aOn Line - 11/04/2003)
"Eu não costumo brigar com o tempo" afirma Paulinho da Viola (em 09/12/2004 - Folha On line)
"A música de Paulinho da Viola representa um universo particular dentro da cultura brasileira. Experimentá-la é reconhecer que a identidade cultural brasileira não é única, há sempre algo mais." (extraído do site de Paulinho da Viola)
A Obra de Paulinho da Viola já foi tema de livros, trabalhos acadêmicos, gravações e documentário. Em fase de finalizações, se encontra um Documentário realizado pela VideoFilmes com direção de Isabel Jaguaribe e roteiro de Zuenir Ventura. (Confira mais na página -PAULINHO DA VIOLA- Vídeos e muito mais)
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AGENDA CULTURAL DA PERIFERIA
A Ação Educativa é uma organização não governamental sem fins lucrativos que desenvolve a apóia projetos voltados para a educação e juventude, por meio de pesquisas, formação, assessoria e produção de informações. Mantém em sua sede o espaço de Cultura e Mobilização Social, aberto ao público, que promove regularmente atividades de formação, intercâmbio e difusão cultural. Vale a pena acessar : http://www.acaoeducativa.org.br/
Confira As Comunidades de SAMBA divulgadas.
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Samba do Sino comemora primeiro ano na noite de 15/12/2009 com história do samba
O Movimento Cultural Samba do Sino comemerou 01 ano de vida no último dia 15/12/2009, e presenteia os moradores da cidade com histórias que contam a evolução do samba no Brasil. A proposta nasceu com a idéia de resgatar esse pedaço da cultura popular. (Vanessa Coelho - Guarulhos Web 15/12/2009)