Samba do Sino

A Roda surge da necessidade em manter acesa a chama da Cultura Popular Brasileira, trazendo à tona histórias que são cantadas através de sambas tradicionais de todo o território nacional, da velha guarda aos novos compositores, inclusive sambas autorais, pois o Samba Presente Não Esquece o Passado, deixando prevalecer o sotaque do samba paulista, do rural ao urbano. O Sino surge devido à dificuldade em encerrar o Samba às 22h, pois é realizado em bairro residencial. Surge a ideia de se utilizar um SINO para indicar o final do samba. Ai começaram a dizer: –“Vamos naquele samba, aquele que o cara toca o Sino...” Acaba-se adotando o nome SAMBA DO SINO, e assim se conveniou tocar o Sino para começar e para terminar o Samba, estabelecendo-se uma COMUNICAÇÃO ANCESTRAL pelo toque do Sino.

HISTÓRIAS DO BAIRRO - VÍDEOS DE GUARULHOS


Você vai se deliciar com as histórias contadas pelos primeiros moradores do Jardim Tranquilidade, relatos sobre o GALPÃO, a BIQUINHA, Baile do Cecílio, O Bar Las Vesgas (Na AV. Emílio Ribas), as festividades, times de futebol, os locais, as brincadeiras da molecada, alem do conhecer mais sobre este bairro que marca culturalmente o munícipio de GUARULHOS. Você pode assistir também a vídeos sobre a cidade de Guarulhos, seus bairros, personagens, etc., no fim da página. É só conferir !

PERSONAGENS DO BAIRRO JARDIM TRANQUILIDADE





Professor Osvaldo
Osvaldo Izidoro de Lima
Nascimento em 1949
Caçapava – SP


Sua família se muda para Guarulhos no início de ano de 1950. Osvaldo conta que seu pai trabalhava em portos de areia, por influência de seu compadre (pai de Osmar – A A Flamengo e vizinho de residência no Tranqüilidade). O trabalho do pai acarretava em mudanças da família sempre perto do porto de areia mais próximo, como por exemplo, bairro do Taboão de 1956, Santo Amaro 1959, e retorno para o bairro do Tranqüilidade no mesmo ano. Lembra que antigamente muitas casas eram de madeira e telhado de folhas de zinco.

Na compra do terreno no bairro a família ganhou tijolos e areia, uma promoção da Imobiliária Tranqüilidade. Com muito carinho lembra-se do padrinho e vizinho que construiu a sua casa e de seus pais ao mesmo tempo. Conta que levantava um pouco a parede de sua casa, e depois ia até a casa do compadre e equiparava as alturas das paredes.

No início as projeções de cinema eram efetuadas fora do GALPÃO ao relento. Estendia-se um pano branco para a projeção, se a noite ventava o pano ficava se moldando ao sabor do vento. Lembra que as projeções eram de responsabilidade do Sr Georcelino Alves Moreira.

Na projeção sempre eram passados um filme de bang bang, um seriado, um jornal (Aliança para o progresso, geralmente sobre a guerra) e futebol, para ele o CANAL 100. Conta como era ver Garrincha driblar prá lá, prá cá, e em uma oportunidade olhou para traz neste momento e pode ver a alegria estampada no rosto da meninada, a alegria do futebol, confessa não seguir muito o esporte.

No GALPÃO, alem das sessões de cinema, também havia lutas de boxe, shows, teatro. E de quarta feira funcionava uma espécie de Centro de Saúde Itinerante, e as salas eram separadas com divisórias de panos.



Mariano
Antonio Roberto Mariano
Nasc 22/06/1946
Uberaba – MG



Sua família se transferiu para Guarulhos, bairro Jardim Tranqüilidade em 1949, morava na antiga Travessa Viana de Carvalho, atual Viela Cetim, 44. Na época não havia mais do que 30 residências no local. Enfatiza que no bairro não havia casas de madeira, pois a Imobiliária que vendia os lotes já incluía 2 mil tijolos e areia para os compradores, e tinha como cláusula que não poderia ser construído barracos de madeira. Jogou futebol no Mirim do Grêmio Esportivo Tranqüilidade, Juvenil do AA Flamengo, Garotos de Ouro, Paz e União (V São Rafael), Portuguesinha da Ponte Grande. Desfila pela Escola de Samba Vai-Vai desde 1964. Faz parte do Conselho do AA Flamengo desde 1982.
Recorda que em 1952 presenciou o início das obras de construção do “GALPÃO” (Praça Nossa Senhora de Fátima). Lembra com saudades que eram passadas muitos seriados no “GALPÃO”, recorda:- “Tinha uma maquininha, um projetor, que volta e meia o operador dava uma voltas na manivela para que os filmes prosseguissem”. Entre os que mais gostavam estava o seriado “Flecha Ligeira”. Lembra dos Bailes Domingueiras, Festas Juninas, Casamentos, etc. Mês de Junho no bairro havia festas juninas em muitas residências com bastante quentão, batata doce cozida e na brasa da fogueira, milho verde, doce de abóbora, doce de figo, pipoca, etc. Outro passa tempo da época, hoje proibido por lei, eram os balões, a maioria de 6 folhas, balão mexirica, caixa d’água, peão, para colar faziam cola de farinha de trigo, vinagre e sal cozidos.

A Biquinha (Rua Freire de Andrade) era um ponto muito requisitado. As senhoras iam lavar roupa, e os filhos ficavam brincando na lagoa e nos poços d’água. Lembra que após a ligação da energia elétrica, o Seu ZUZA (um líder no bairro) ficava encarregado de trocar o fusível quando queimava.

“1958 – Brasil campeão mundial de futebol, o povo sai para as ruas do bairro, cantando “A Taça do mundo é nossa, com brasileiro”...”, batendo em latas e baldes, levantando poeira das ruas de terra (na realidade eram mais caminhos do que ruas), e emenda:- “Ai surgiu o Cordão dos Irmãos Rubis, que depois vira Escola de Samba”. Forma-se no Primário (Hoje o equivalente a Quarta Série do Ensino Fundamental) no Grupo Escolar João Álvares Siqueira Bueno na Rua Cabo Antonio.





Lalá – Laercio
José Aécio Oliveira Silva
Nasc 27/04/1948
Itabuna – BA




Figurinha carimbada no futebol do bairro, quem viu diz que é craque. Em 1963 começou jogando no GE Tranquilidade, cujo técnico era Seu Lima (José Epifanio de Lima). Em 1964 Lima, já como técnico do juvenil do AA Flamengo o chama para jogar em seu time. Em 1965 vai jogar no time Cidade Brasil, equipe que defendeu por vários anos, também jogou no Atlético Mineiro de Guaurlhos (com o presidente Arthur Baggio). Em 1970 foi campeão pelo AA Flamengo. Estudou no João Alvares, fez Univesidade (PUC) e atualmente é Diretor concursado de Escola Pública.

Mudou-se para Guarulhos em 1952, na Av São Paulo, em frente ao campo do Flamenguinho (AA Flamengo) e time SãoPaulino do Zelão (era estivador na Rua Santa Rosa – Mercado Municipal de São Paulo). Segundo comenta, o time SãoPaulino tinha em seu elenco os piores jogadores da região, mas que por ironia teve também o melhor jogador que viu passar pela região CHINA. Neste time também jogava o falecido Seu Maloca (pai do Heitor). Aécio, ou Lalá para os mais intimos, conta que ganhava chuteiras usadas do pai do Nathan, irmão do Geio (Gerson que jogou no SE Palmeiras) e também do Obed (hoje radicado em Santos – músico dos bons). Os dois, Obed e Lalá, pegavam o Trenzinho, iam até a Cantareira comprar travas novas, e traziam para o Regis (Reginaldo – Sapateiro que ficava na Rua do Correio) pregar, e depois vendiam estas chuteiras. Lalá era fã de carteirinha do Nego Tinho (segundo ele mesmo nos conta, outro craque da região), sabia que Nego Tinho não andava com chuteira, então ia para beira do campo com dois pares de chuteiras, esperando-o chegar e lhe pedir uma chuteira para jogar, diz:”- Era a maior satisfação...”. Nego Tinho foi morto em briga no parquinho em frente à Praça Nsra. de Fátima, episódio que criou uma verdadeira guerra entre a PM e Exército na época.

Lembra do time “Garotos de Ouro” fundado pelo Carlão (quem não conhece!) depois rebatizado como “Itaúna”, e exclama: “Os melhores jogadores passaram por lá...” Enumera da cabeça alguns jogadores da região que foram profissionais do futebol, entre eles: Dagoberto (Ponte Preta); Geio –Gerson ( SE Palmeiras, Avai); China (Flamengo, Ituano, Sertãozinho); Odair (São Bento, Calvo Solten – 2ª divisão da Espanha), Edson David- Pinga (Fluminense RJ); Pereira (Santos, Interncional –RS).

Comenta que sempre era entrevistado pelo jornal Guaru News (hoje Folha Metropolitana) pelo então reporter Hermano Henning, também nascido em Guarulhos (atualmente ancora do jornalismo do SBT). Os Carnavais do GALPÃO deixam muitas saudades. Bem como as reuniões do Bar Las Vegas (na Av. Emilio Ribas) reduto dos craques do futebol.

Fato que lembra e que é hilário Santana (tinha uma perna mecânica) Coxinha, Nito e mais dois jogadores, estavam indo pela Rod. Dutra para jogar em Pindamonhangaba, no meio do caminho a perna mecânica do Santana soltou e ficou presa no acelerador, e o carro em que estavam saiu em disparada, e Santana não conseguia desenroscar a tal da perna, ia só desviando do tráfego, até que em certo momento consegue retirar a perna do acelerador para alívio de todos. No retorno ninguém queria voltar no carro do Santana.



Carlinhos QUEIXADA
Carlos Augusto dos Santos
 Nasc. 13/03/1951




Nascido na Mooca – Capital – SP, mudou-se para o Jardim Tranqüilidade em 1952.

Foi técnico dos juniores do AA Flamengo em 1981 e Diretor de Esportes do AA Flamengo na gestão Vicente Raimundo da Costa.

Na ocasião tinha um imóvel onde hoje se encontra construído um galpão (instalações da empresa REPAVE).

Lembra que houve uma Delegacia de Polícia na Rua Cabo Antonio Pereira da Silva, altura do nº350 (antiga Rua Batuíra), e quase em frente existia um campinho para a prática de futebol – Campo do Barro Preto, pois a terra era preta e o terreno muito úmido, hoje no local existe um condomínio de prédios. Todas as Ruas eram de terra.

Com alegria comenta que freqüentou o GALPÃO (barracão construído pela Associação dos Moradores do Tranqüilidade) onde havia shows sertanejos, bailes, carnaval, eleições de rainhas e várias outras atividades.

O GALPÃO se localizava onde hoje é a praça N.Sra. de Fátima na Rua Jacob, e onde hoje é a Igreja era o Campo do Time da Tranqüilidade. Lembra dos bailes do Baile do Cecilio- com Música ao Vivo (Rua Jacob – hoje é um salão- antiga loja e fábrica de calçados), conhecido também como Esporte Clube Leão do Norte.

Chegou a utilizar o Trenzinho da Cantareira (o mesmo da música de Adoniram Barbosa -"Trem das Onze"), e a estação utilizada era a de Gopoúva.





TUPÃ
Raimundo Santos Palmeira
Nasc. 25/03/1939




Foi Presidente do AA Flamengo 1989-1992, também Tesoureiro e Secretário do AA Flamengo na gestão Wilson David e jogador da equipe categoria Sport. Durante muitos anos também foi jogador do time Tranqüilidade.

Baiano de nascença, da cidade de Jequeriçá. Mudou-se para Guarulhos em 1966 quando se casou. Comenta que quando namorava utilizava o Trenzinho da Cantareira, o trajeto era da estação Cantareira até a estação Gopoúva, passava a cada meia hora.

Festeiro sempre havia festas em sua residência, na época na Rua Freire de Andrade. Trazia o porco, lenha para ascender o fogo, por a água para ferver, os amigos para ajudar, cortavam a carne pra um bom churrasco.

Conta que o Apelido veio em virtude do contato com o jogador de futebol Tupã da Sociedade Esportiva Palmeiras, onde foi durante muito tempo figurinha carimbada. Na época morava no Bela Vista em São Paulo, e por este motivo também tem uma queda pela Escola de Samba Vai Vai. Daí o gosto pelo Samba, ritmista de primeira também faz parte do Movimento Cultural Samba do Sino, surgido no Bairro.

Recorda que na época havia muitos terrenos sem construções e casas espaças, e que durante muito tempo o trem era a melhor forma de locomoção na cidade.

Gostava muito de assistir o programa de calouros aos domingos à tarde no GALPÃO. Foi membro ativo das atividades da Igreja Nossa Senhora de Fátima.

Apesar de não morar atualmente no bairro, é comum encontrá-lo nos bares conversando com os antigos amigos e tomando uma cervejinha.





IVAIR - LAGARTO
Evair Leite
Nasc. 15/01/1953



Foi jogador do time do Itaúna (antigo Coração de Bronze) por 33 anos. Jogou também pelo AA Flamengo quando a equipe se profissionalizou. Foi jogador também do time de futebol de salão do colégio Progresso. Nascido na Vila Guilherme – Capital – SP, mudou-se com seus pais e irmão para Guarulhos em 1959. Apesar de fixar residência no bairro de Gopoúva, sempre foi figurinha carimbada no Jardim Tranqüilidade.

Conta com muita saudade das molecagens e traquinagens feitas pelo bairro. Um desses lugares era conhecido como BIQUINHA (Rua Freire de Andrade – hoje escola D. Belinha). Existia uma nascente no local e um laguinho formado onde todos iam nadar porem, como era divisa com o Jardim Vila Galvão, quem chegava primeiro nadava, os outros do outro bairro ficavam sacaneando, jogando mamonas com estilingue, escondendo as roupas, etc. Freqüentava o GALPÃO aos domingos de manhã para assistir shows sertanejos, e também as quermesses (Festas Juninas) que eram realizadas pela Capela que ficava atrás do GALPÃO. Junto com sua turma pulava o muro do Baile do Cecílio (R Jacob) e variavelmente era colocado para fora. No local onde se localiza o Banco do Brasil (Esquina da Av. Emilio Ribas com R Joaquim Rabelo) era utilizado por parques de diversões (atrações muito disputadas na época) e circos. Em certa ocasião veio a Caravana do Peru que Fala – que era nada mais nada menos do que a Caravana do Silvio Santos (apresentador e proprietário do SBT) que trazia vários artistas.

Lembra que na inauguração da Caixa D’água do Gopoúva, pode presenciar de perto um helicóptero que trazia o político Adhemar de Barros. Gostava de surrupiar na horta e pomar do Sanatório Padre Bento:- “Tinha umas abóboras imensas...” Talvez o capítulo mais marcante tenha sido o Trenzinho da Cantareira (o Trem das Onze de Adoniram Barbosa), comenta que ele e sua trupe andavam o dia inteiro no trem sem pagar, subiam clandestinamente com o trem em baixa velocidade no trajeto entre a estação Gopoúva e o Clube Bolsa de Valores (hoje Esporte Clube Vila Galvão). Lembra:- “A gente sabia onde o pica-bilhete (pessoa encarregada de picotar os bilhetes – passagens) estava, então, nas estações mudava de vagão...” Diz que era conhecido como do “Diabo Loiro” pela vizinhança, pois aprontava muito. Seu pai teria comprado um “Rabo de Tatu” (Tipo de chicote com argola no cabo e duas talas na ponta para surrar) para aplicar os corretivos.

A cerca não impedia ninguém de invadir o pomar do Clube Esporte Vila Galvão (antigo bolsa de Valores) para pegar frutas, o local era guardado por anões que para afugentar os pequenos larápios utilizavam “tiro de sal” - (O famoso e famigerado tiro de sal que tanto medo causava em mim e nos meus colegas de molecagem era disparada a partir de armas de fogo do tipo “espingarda de soca” ou “bate-bucha”. Estas armas, geralmente fabricadas de forma artesanal, eram de um tiro de cada vez e o processo de carregá-las era lento. Primeiro socava a pólvora, depois a bucha, depois o chumbo (ou sal grosso) e outra bucha. A espoleta era colocada no "ouvido" do cano. Armava-se manualmente o cão. Quando puxava o gatilho o cão era liberado, batia na espoleta e bum).

Quando voltava dos bailes pela madrugada, passavam pegando leite e pão das casas para comer (naquela época o pão e o leite eram deixados pelo padeiro nas portas das casas). Outra diversão era estourar a boiada que passava toda tarde, por volta das 5h, subia pela Av. Emilio Ribas e ia até o matadouro (Av. Monteiro Lobato).




POSITIVO - Zé da Bica
José Luiz Oliveira
Nasc 13/09/1941
Araçatuba – SP



Fundador do AA Flamengo, esteve sempre ligado ao clube flamenguista, conhecedor dos assuntos ligados ao Jd Tranqüilidade.

Mudou com seus pais e irmãos para o bairro em 1950, morou na Rua Jacob (Ao lado da antiga Padaria, hoje no terreno existe um estacionamento). A R Jacob era praticamente um trilho, com mato dos dois lados.

Na ocasião da mudança o bairro ainda não tinha energia elétrica, seu pai Francisco de Oliveira foi uma das pessoas que participou do processo para a antiga Light prolongasse sua rede para atender o Tranqüilidade.

Os postes eram de caibro, em sua maioria doada pelos próprios moradores, e a luz era bem fraca. Quando chegava a tarde, a partir das 18:00 hs, o consumo aumentava em demasia e a luminosidade das lâmpadas, que já era precária, diminuía ainda mais.

Existia um plantão revezado pelos moradores, que ficava na esquina da Jacob com a Av. Emilio Ribas, com o intuito de ficar trocando os fusíveis que queimavam.

Também recorda do GALPÃO, principalmente dos bailes das matinês de domingo (domingueiras) que era alegrada sempre por um conjunto musical ao vivo. Comenta que em 1950 a Rua Cabo Antonio (antiga Batuíra) não tinha mais de dez casas. Outra coisa era as rinchas da molecada de bairros, principalmente quando uma turma resolvia participar de alguma festividade no bairro vizinho, tinha muita discussão e alguns sopapos, confessa.

Lembrou da COAP, uma espécie de empório de cooperados, onde a maioria se abastecia com gêneros de primeiras necessidades, que ficava na esquina da Jacob com Emilio Ribas, na esquina do outro lado havia um campo de futebol, onde havia peladas (jogos de futebol) e onde o AA Flamengo também mandou jogos.




BOB
João Roberto Marciano
Nasc 10/05/1946




Apesar de ter nascido em 1946, o pai de BOB só o registrou em 06/03/1954.

Foi diretor do AA Flamengo em várias administrações, tesoureiro na gestão do presidente Osmar Soares de Abreu, também foi técnico da agremiação na categoria Sport (1981/82) tendo ganhado dois títulos.

Transferiu-se para o bairro em 1964, na Rua Cabo Antonio (antiga Batuíra). Lembra que quando trabalhava em São Paulo, o único meio de transporte era o Trem da Cantareira.

Comenta que ele a esposa do Caipira (quem não se lembra do Caipira, senhor negro muito brincalhão que aos fins de semana ia de campo em campo, com uma sacola de lona contendo várias garrafas de batidas, de vários sabores, para complementar a renda familiar) esperavam o apito do trem, ao ouvirem saiam rapidamente para poder pegar o trem na Estação Bolsa de Valores (hoje Esporte Clube Vila Galvão). Lembra que os moradores doaram seis (06) caibros para servirem de postes para trazer a energia elétrica para a Rua em que morava.

Durante os primeiro anos da ditadura (referência ao golpe militar de 1964), comenta que havia os “Inspetores de Quarteirão”, que eram os dedos-duros, que geralmente entregavam o que viam para a Polícia. Tinham como passatempo um rádio de fabricação alemão que era ouvido por vários moradores, lembra do “Juvêncio – O Justiceiro do Sertão” e sua exclamação: “- Um momento cabra”, alem das novelas de rádio, como o “Direito de Nascer”.

A molecada ia à COAP (empório de cooperados), onde eram mantidos os sacos de grãos e tiravam alguns amendoins sem que o proprietário percebesse. Trabalhou como empalhador de garrafões no comércio do espanhol Arsênio (onde hoje é o restaurante do Gaúcho na R Dona Dica).


MOURA

João Pereira de Moura
Nasc. 02/07/1948 – Julia Mesquita – SP

Na foto – Moura e seu neto João Vitor, no Estádio do AA Flamengo.

Também conhecido por João Neguinho e Moura Maravilha. Foi jogador do Atlético Mineiro (Clube também do Bairro) e AA Flamengo. Foi jogador profissional pelo Ituano – SP, Aparecida do Norte e Cascavel. Há quinze anos faz parte da diretoria e atualmente é Cnselheiro do AA Flamengo.

Veio para Guarulhos em 1968, e sempre esteve presente no bairro. Comenta que antigamente era quase impossível mudar de equipe, era uma questão de honra continuar jogando na mesma equipe de futebol, os próprios amigos não aceitavam mudanças. Relembra os bailes do salão do Cecílio (na Rua Jacob) e das festividades no GALPÃO. Garante que os festivais do Jd Tranqüilidade (Campo onde é a Praça NS de Fátima) eram muito concorridos e movimentados, atraindo muito expectadores.

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VÍDEOS CIDADE DE GUARULHOS.

Para assistir os vídeos é dar um click no link, bom divertimento.


Igrejas Históricas de Guarulhos     http://www.youtube.com/watch?v=-vRlDcQoB9c

Mulheres importantes na História de Guarulhos 


Beatriz Hanssen; Dulce Suelo       http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=hEMHDznBWdY

Guarulhos relembra história do trem da Cantareira http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=eFQFwgRLydc

A Historia da cidade de Guarulhos 


      Parte 01 http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=8bDIcRAkpyU




História sobre o bairro Lavras em Guarulhos http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=6cTXAxqXIe4



Nossa Gente Ilse Reimann – Fundadora do Instituto Musical de Guarulhos

Débora Kikuti - Contadora de Histórias  http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=wkXbp_XlKK4

Guarulhos tem 447 anos de muita história em 2008 http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=glp8EhXyiQs

Restaurado, teatro é entregue à população


Tia Ciata - "A Mãe do Samba"

"TIA CIATA", MÃE DO SAMBA...

" O samba é o mais belo documento da vida e da alma do povo brasileiro". (Rosane Volpatto-extraído do Texto SAMBA, SABOR DO BRASIL) Um grande abraço ao nosso patrono PAULINHO DA VIOLA. (Veja mais na página História do Samba)
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Pelo Fim da Ordem dos Músicos do Brasil !

Abaixo-Assinado Eletrônico pelo direito ao livre exercício da profissão de músico:

Participe você também, leia matérias neste blog.

Para assinar eletrônicamente:

http://www.carlosgiannazi.com.br/fale_conosco/abaixo-assinado-omb.htm

Paulinho da Viola- Entrevistado pelo programa Memória do Rádio

PAULINHO DA VIOLA - O Nosso Patrono

O Verso "Quando penso no futuro não esqueço meu passado" é creditado por Paulinho da Viola, em "Meu tempo é hoje", como sintese de sua obra, de sua vida. Recolhido de sua "Dança da Solidão"(72). (Pedro Alexandre Sanches - Folh aOn Line - 11/04/2003)

"Eu não costumo brigar com o tempo" afirma Paulinho da Viola (em 09/12/2004 - Folha On line)

"A música de Paulinho da Viola representa um universo particular dentro da cultura brasileira. Experimentá-la é reconhecer que a identidade cultural brasileira não é única, há sempre algo mais." (extraído do site de Paulinho da Viola)

A Obra de Paulinho da Viola já foi tema de livros, trabalhos acadêmicos, gravações e documentário. Em fase de finalizações, se encontra um Documentário realizado pela VideoFilmes com direção de Isabel Jaguaribe e roteiro de Zuenir Ventura. (Confira mais na página - PAULINHO DA VIOLA - Vídeos e muito mais)

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AGENDA CULTURAL DA PERIFERIA

A Ação Educativa é uma organização não governamental sem fins lucrativos que desenvolve a apóia projetos voltados para a educação e juventude, por meio de pesquisas, formação, assessoria e produção de informações. Mantém em sua sede o espaço de Cultura e Mobilização Social, aberto ao público, que promove regularmente atividades de formação, intercâmbio e difusão cultural. Vale a pena acessar : http://www.acaoeducativa.org.br/

Confira As Comunidades de SAMBA divulgadas.
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Samba do Sino comemora primeiro ano na noite de 15/12/2009 com história do samba

O Movimento Cultural Samba do Sino comemerou 01 ano de vida no último dia 15/12/2009, e presenteia os moradores da cidade com histórias que contam a evolução do samba no Brasil. A proposta nasceu com a idéia de resgatar esse pedaço da cultura popular. (Vanessa Coelho - Guarulhos Web 15/12/2009)